Páginas

segunda-feira, 14 de março de 2016

Fichamento: “O pensamento de Emilia Ferreiro sobre alfabetização”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
CURSO: PEDAGOGIA VI SEMESTRE
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: RAVENA ALVES SILVA


FICHAMENTO
“O pensamento de Emilia Ferreiro sobre alfabetização”


MELLO, Márcia Cristina de Oliveira. O pensamento de Emilia Ferreiro sobre alfabetização. Revista Moçambras: acolhendo a alfabetização nos países de língua portuguesa, São Paulo, ano 1, n. 2, 2007. Disponível em: <http://www.mocambras.org>. Publicado em: março 2007.


 “A partir de meados da década de 1980, os resultados da pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita, desenvolvida por Emilia Ferreiro e colaboradores, enfeixados sob a denominação “construtivismo”, foram considerados referencial teórico, por exemplo, no estado de São Paulo, para o Ciclo Básico de Alfabetização (CBA)” (MELLO, 2007, p. 87).

“Não são os métodos que alfabetizam, nem os testes que auxiliam o processo de alfabetização, mas são as crianças que (re)constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de hipóteses que formulam, para compreenderem o funcionamento desse objeto de conhecimento” (MELLO, 2007, p. 88).

Para Emília Ferreiro “a língua escrita deve ser entendida como um sistema de representação da linguagem, concepção que se opõe àquela em que a língua escrita é considerada como codificação e decodificação da linguagem” (MELLO, 2007, p. 88).

“Ferreiro defende, então, o conceito de alfabetização que vai em sentido contrário, já que a considera como o processo de aprendizagem da língua escrita. Essa aprendizagem, considerada, também, “aprendizagem conceitual”, dá-se por meio da interação entre o objeto de conhecimento (a língua escrita) e o sujeito cognoscente (que quer conhecer)” (MELLO, 2007, p. 88).

“Para os psicólogos, a obra fornece elementos que permitem compreender o que ocorre durante o processo de aquisição da língua escrita, os quais, segundo as autoras, auxiliam o trabalho desses profissionais, porque, quando lidam com crianças, geralmente aquelas que fracassam no início do processo de alfabetização, eles não têm conhecimentos desse processo, podendo considerar as interpretações das crianças como índices de futuros transtornos ou como casos patológicos” (MELLO, 2007, p. 89).

“Nesse sentido, o principal atributo da matriz invariante do pensamento construtivista de Emilia Ferreiro sobre alfabetização consiste no fato de essa pesquisadora considerar que a atividade estruturante do sujeito faz com que ele construa esquemas interpretativos para compreender a natureza da escrita” (MELLO, 2007, p. 90).

“as crianças (re)constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de uma elaboração pessoal, a qual se dá por sucessão de etapas, cada uma delas representando um estágio importante do processo. Assim, a interpretação do processo é explicada do ponto de vista das crianças que aprendem, levando-se em consideração o conhecimento específico que possuem antes de iniciar a aprendizagem escolar, a saber: a escrita não representa apenas um traço ou marca, mas sim “um objeto substituto” (MELLO, 2007, p. 90).



Nenhum comentário:

Postar um comentário