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quinta-feira, 24 de março de 2016

O Pensamento de Emília Ferreiro Sobre Alfabetização


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL 
CURSO: PEDAGOGIA
DISCENTE: JACINEIA DOS REIS MATOS
                                                                      

FICHAMENTO

 

O Pensamento de Emília Ferreiro Sobre Alfabetização

MELLO, Márcia Cristina de Oliveira. O pensamento de Emília Ferreiro sobre alfabetização. Revista Moçambras: acolhendo a alfabetização nos países de língua portuguesa, São Paulo, ano 1, n. 2, 2007. Disponível em: <http://www.mocambras.org>. Publicado em: março 2007.

 
Segundo a autora “a partir de meados da década de 1980, os resultados da pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita, desenvolvida por Emília Ferreiro e colaboradores, enfeixados sob a denominação ―construtivismo‖, foram considerados referencial teórico, por exemplo, no estado de São Paulo, para o Ciclo Básico de Alfabetização (CBA).  (MELLO, 2007, p.87).

Mello expõe que “Emília Ferreiro ganhou prestígio por desenvolver, com seus colaboradores, pesquisa empírica que lhe permitiu formular a teoria sobre a psicogênese da língua escrita, a qual foi divulgada em diversos países, dentre eles, o Brasil. Sua atuação profissional revela, também, o compromisso político em contribuir na busca de soluções para se enfrentar o problema do analfabetismo”.  (MELLO, 2007, p.87).

Para a pesquisadora, “a língua escrita deve ser entendida como um sistema de representação da linguagem, concepção que se opõe àquela em que a língua escrita é considerada como codificação e decodificação da linguagem”. (MELLO, 2007, p.88).

Consequentemente, “Ferreiro se opõe ao conceito de alfabetização entendido como a aprendizagem de duas técnicas diferentes (codificar e decodificar a língua escrita), em que o professor é o único informante autorizado. Ferreiro defende, então, o conceito de alfabetização que vai em sentido contrário, já que a considera como o processo de aprendizagem da língua escrita. Essa aprendizagem, considerada, também, ―aprendizagem conceitual, dá-se por meio da interação entre o objeto de conhecimento (a língua escrita) e o sujeito consciente (que quer conhecer)”. (MELLO, 2007, p.88).

A autora explana que “a análise de Psicogênese da língua escrita propiciou confirmar sua relevância no que se refere à compreensão do pensamento construtivista de Emilia Ferreiro sobre alfabetização. Essa importância deriva justamente do fato de nele estar contida o que denomino -matriz invariante desse pensamento, considerado pelas autoras do livro, como já mencionei, e por outros pesquisadores, uma - revolução conceitual em alfabetização”. (MELLO, 2007, p.90).

Nesse processo, a autora aponta que “as crianças reconstroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de uma elaboração pessoal, a qual se dá por sucessão de etapas, cada uma delas representando um estágio importante do processo. Assim, a interpretação do processo é explicada do ponto de vista das crianças que aprendem, levando-se em consideração o conhecimento específico que possuem antes de iniciar a aprendizagem escolar, a saber: a escrita não representa apenas um traço ou marca, mas sim um objeto substituto”. (MELLO, 2007, p.90).

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