UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB
DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
CURSO:
PEDAGOGIA VI SEMESTRE
DISCIPLINA:
METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE:
MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: RAVENA ALVES SILVAFICHAMENTO
“Conceituando alfabetização
e letramento”
ALBUQUERQUE, Eliana Borges
Correia de. Conceituando alfabetização e
letramento. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M. (Org.). Alfabetização e
letramento: Conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.p. 11-22.
“A alfabetização considerada
como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação” foi transposta
para a sala de aula, no final do século XIX, mediante a criação de diferentes
métodos de alfabetização – métodos sintéticos (silábicos ou fônicos) x métodos
analíticos (global) –, que padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita”
(ALBUQUERQUE, 2007, p. 11).
“A
partir da década de 1980, o ensino da leitura e da escrita centrado no
desenvolvimento das referidas habilidades, desenvolvido com o apoio de material
pedagógico que priorizava a memorização de sílabas e/ou palavras e/ou frases
soltas, passou a ser amplamente criticado” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 15).
“É
interagindo com a língua escrita através de seus usos e funções que essa
aprendizagem ocorreria, e não a partir da leitura de textos “forjados” como os presentes
nas “cartilhas tradicionais”” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 16).
“No
que diz respeito à alfabetização especificamente, surge o conceito de
“analfabetismo funcional” para caracterizar aquelas pessoas que, tendo se
apropriado das habilidades de “codificação” e “decodificação”, não conseguiam
fazer uso da escrita em diferentes contextos sociais” (ALBUQUERQUE,
2007, p. 16).
“Segundo
Soares (1998), o termo letramento é a versão para o Português da palavra de
língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume
aquele que aprende a ler e a escrever” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 16)
Letramento
é definido no Dicionário Houaiss (2001) “como um conjunto de práticas que
denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito” (ALBUQUERQUE,
2007, p. 16)
“Os
alunos saem da escola com o domínio das habilidades inadequadamente denominadas
de “codificação” e “decodificação”, mas são incapazes de ler e escrever
funcionalmente textos variados em diferentes situações” (ALBUQUERQUE,
2007, p. 17-18).
“O
ensino tradicional de alfabetização em que primeiro se aprende a “decifrar um código”
a partir de uma seqüência de passos/etapas, para só depois se ler efetivamente,
não garante a formação de leitores/escritores” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 18).
“É
importante destacar que apenas o convívio intenso com textos que circulam na
sociedade não garante que os alunos se apropriem da escrita alfabética, uma vez
que essa aprendizagem não é espontânea e requer que o aluno reflita sobre as
características do nosso sistema de escrita” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 18).
“Alfabetizar
e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal
seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das
práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse,
ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado” (SOARES, 1998ª, p. 47, apud, ALBUQUERQUE,
2007, p.18).
“É
preciso o desenvolvimento de um trabalho sistemático de reflexão sobre as
características do nosso sistema de escrita alfabético” (ALBUQUERQUE,
2007, p. 19).
“É
preciso ler e produzir textos diferentes para atender a finalidades
diferenciadas, a fim de que superemos o ler e a escrever para apenas aprender a
ler e a escrever” (ALBUQUERQUE, 2007, p.20).
“É
preciso o desenvolvimento de um ensino no nível da palavra, que leve o aluno a
perceber que o que a escrita representa (nota no papel) é sua pauta sonora, e
não o seu significado, e que o faz através da relação fonema/grafema” (p. 20).
“Sabemos
que ser alfabetizado, hoje, é mais do que “decodificar” e “codificar” os textos.
É poder estar inserido em práticas diferenciadas de leitura e escrita e poder
vivenciá-las de forma autônoma, sem precisar da mediação de outras pessoas que
sabem ler e escrever” (ALBUQUERQUE, 2007, p. 21).
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