UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
CURSO: PEDAGOGIA
DISCENTE: JACINEIA DOS REIS MATOS
FICHAMENTO
Conceituando Alfabetização e Letramento
ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS Carmi Ferraz e MENDONÇA Márcia. Alfabetização e letramento: Conceitos e relações. 1ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.p. 11-21.
A partir da leitura do texto Conceituando Alfabetização e Letramento, compreende-se que "a maioria de nós, que passamos pela alfabetização até as décadas finais do século passado, teve uma experiência escolar com ênfase na ‘codificação’ e ‘decodificação’. Para muitos, essa experiência foi traumatizante". (ALBUQUERQUE, 2007, p.12). "Somente a partir da década de 1980, o ensino da leitura e da escrita centrado no desenvolvimento das referidas habilidades, desenvolvido com o apoio de material pedagógico que priorizava a memorização de sílabas ou palavras e/ou frases soltas, passou a ser amplamente criticado". (ALBUQUERQUE, 2007, p.15).
No que diz respeito à alfabetização especificamente, "surge o conceito de "analfabetismo funcional" para caracterizar aquelas pessoas que, tendo se apropriado das habilidades de ‘codificação’ e ‘decodificação’, não conseguiam fazer uso da escrita em diferentes contextos sociais". (ALBUQUERQUE, 2007, p.16). A autora na busca de uma definição para letramento cita Soares (1998), "o termo letramento é a versão para o Português da palavra de língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever". Esse mesmo termo é definido no Dicionário Houaiss (2001) "como um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito". (SOARES, 1998 apud ALBUQUERQUE, 2007, p.16). Soares (1998), ainda expõe que "muitos adultos de países desenvolvidos, tendo alcançado um letramento escolar, são capazes de comportamentos escolares de letramento (ler e produzir textos escolares), mas são incapazes de lidar com os usos cotidianos da leitura e da escrita em contextos não-escolares". (SOARES, 1998 apud ALBUQUERQUE, 2007, p.18).
Albuquerque discute que "o ensino tradicional de alfabetização em que primeiro se aprende a "decifrar um código" a partir de uma sequência de passos/etapas, para só depois se ler efetivamente, não garante a formação de leitores/escritores". (ALBUQUERQUE, 2007, p.18). Na busca de uma solução para esta questão a autora volta a citar Soares (1998) "alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado". (SOARES, 1998 apud ALBUQUERQUE, 2007, p.18).
A autora finaliza expondo que "ser alfabetizado, hoje, é mais do que ‘decodificar’ e ‘codificar’ os textos. É poder estar inserido em práticas diferenciadas de leitura e escrita e poder vivenciá-las de forma autônoma, sem precisar da mediação de outras pessoas que sabem ler e escrever". (ALBUQUERQUE, 2007, p.21).
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