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segunda-feira, 14 de março de 2016

ANÁLISE DA COLETA DE DADOS DA LECTO-ESCRITA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
COLEGIADO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: RAVENA ALVES SILVA  


ANÁLISE DA COLETA DE DADOS DA LECTO-ESCRITA


A coleta de dados da lecto-escrita foi feita com Yago, de seis anos de idade. Cujas palavras solicitadas para a sua escrita foram: Formiga, boi e menino. Pedi ainda que Yago escreve a seguinte frase: O menino chutou a bola. Dando uma folha de papel e um lápis a ele, pedi que escrevesse essas palavras, da maneira que ele sabia. Sem nenhum tipo de intervenção, Yago escreveu: “FEIGEA” para formiga, “BOI” para boi, “IEIO” para menino e “VOMEIVOBOA” para “o menino chutou a bola”.
Partindo então, para a análise da escrita de Yago, percebo que este se encontra no nível silábico-alfabético, pois apresenta em sua escrita a consciência de sílabas. Na palavra “IEIO”, por exemplo, ele compreende que cada som representa uma ou mais letras. De acordo com a teoria de Emília Ferreiro, a criança que passa para o nível silábico “descobre que a palavra escrita representa a palavra falada, acredita que basta grafar uma letra para se poder pronunciar uma sílaba oral” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 40).
Na palavra “boi”, Yago está no nível alfabético, pois consegue grafar a palavra com correspondência absoluta das letras e dos sons. Na palavra “FEIGEA”, Yago se encontra no nível silábico, pois consegue perceber na palavra “formiga” o som do “f”, do “i”, e do “a”. Apenas não faz a correspondência na sequência correta e coloca mais letras que o necessário. Na frase “VOMEIVOBOA”, que corresponde a “o menino chutou a bola” o mesmo acontece. Nota-se que a criança também percebe o som de algumas letras e sílabas, como por exemplo: “o”, “mei” para menino, e “boa” para bola.
Com isso, acredito que Yago está no nível silábico-alfabético, levando em consideração que ele transita tanto pelo nível silábico, quanto pelo alfabético. Com um pouco mais de atividades para corresponder as letras aos sons, e análise de vogais e consoantes, creio que Yago estará no nível alfabético, ou seja, alfabetizado. No entanto, essa criança terá “conflitos sérios, ao comparar sua escrita alfabética e espontânea com a escrita ortográfica, em que se fala de um jeito e se escreve de outro” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 40).

ANEXO:


Escrita silábico-alfabética de Yago, 6 anos.


REFERÊNCIA:


MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>. Acesso em: 8 de Dez, de 2015.


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