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segunda-feira, 11 de abril de 2016

FICHAMENTO: Conceituando alfabetização e letramento



UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: JAQUELINE FURTUOSO COSTA


FICHAMENTO


ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M. (Org.). Alfabetização e letramento: Conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.p. 11-22.

De acordo com Albuquerque (2007, p. 12) “Definir o termo “alfabetização” parece ser algo desnecessário, visto que se trata de um conceito conhecido e familiar”, alfabetizar envolve ações complexas, e vai muito além do ensino da leitura e da escrita. Sendo assim, a autora destaca ainda que: “A alfabetização considerada como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação” foi transposta para a sala de aula, no final do século XIX, mediante a criação de diferentes métodos de alfabetização – métodos sintéticos (silábicos ou fônicos) x métodos analíticos (global) –, que padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita”(ALBUQUERQUE 2007, p. 12-13).
Nesse contexto enfatiza que: “A partir da década de 1980, o ensino da leitura e da escrita centrado no desenvolvimento das referidas habilidades, desenvolvido com o apoio de material pedagógico que priorizava a memorização dessílabas e/ou palavras e/ou frases soltas, passou a ser amplamente criticado” (ALBUQUERQUE 2007, p. 16). Dessa forma, percebe-se que: “No campo da Psicologia, foram muito importantes as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da língua escrita, desenvolvidos por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1984). Rompendo com a concepção de língua escrita como código, o qual se aprenderia considerando atividades de memorização, as autoras defenderam uma concepção de língua escrita como um sistema de notação que, no nosso caso, é alfabético” (ALBUQUERQUE 2007, p. 16).
No que se refere à psicogênese da língua escrita: “Constataram que as crianças ou os adultos analfabetos passavam por diferentes fases que vão da escrita pré-silábica, em que o aprendiz não compreende ainda que a escrita representa os segmentos sonoros da palavra, até as etapas silábica e a alfabética. No processo de apropriação do sistema de escrita alfabética, os alunos precisariam compreender como esse sistema funciona e isso pressupõe que descubram que o que a escrita alfabética nota no papel são os sons das partes orais das palavras e que o faz considerando segmentos sonoros menores que a sílaba” (ALBUQUERQUE 2007, p. 17). Contudo é importante destacar que apenas o convívio intenso com textos que circulam na sociedade não garante que os alunos se apropriem da escrita alfabética, uma vez que essa aprendizagem não é espontânea e requer que o aluno reflita sobre as características do nosso sistema de escrita (ALBUQUERQUE 2007, p. 19).

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